Quer viajar com seu cachorro ou gato usando os serviços da companhia aérea TAP Portugal, mas ainda está inseguro? Eu entrevistei a Jéssica, que viajou não só com um, mas com TRÊS animais usando a TAP Portugal e ela me contou todos os detalhes da sua viagem!
Quer saber como é viajar com animais com a TAP Portugal?
A Jéssica Souza viajou de Belo Horizonte, no Brasil, até Berlim, na Alemanha. Seu voo teve uma conexão em Lisboa e ela fez tudo isso usando os serviços da TAP.
Em Maio de 2018, a Jéssica levou o Espirro, o Spock e a Nina, seus três gatinhos, que tem entre e 3 e 5 anos para Berlim. Eles pesam mais ou menos 5/6kg. Mesmo não sendo muito grandes, o fato da Jéssica ter três animais fez com que ela levasse só um deles na cabine e despachasse os outro dois juntos, em uma só caixinha de transporte.
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Vamos viajar com animais com a Tap junto da Jéssica! 🙂
Busquei no próprio site da TAP os voos que tinham apenas uma escala e a menor conexão possível. Com os números dos voos eu liguei para o Atendimento ao Cliente e perguntei se tinha lugar disponível para eles no avião. A moça disse que eu poderia desligar, fazer a compra pelo site e logo em seguida ligar para fazer as reservas de cada um deles. Depois que comprei minha passagem, fiz a reserva e o pagamento do transporte deles tudo diretamente pelo telefone mesmo.
Para essa reserva, eles pedem as dimensões e o peso total do animal + bolsa ou caixa de transporte.
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Eu já estava em Berlim e voltei para busca-los, então para o Espirro ir na cabine comigo eu comprei uma bolsa de transporte no site Fressnapft, uma loja de artigos de animais daqui de Berlin. A bolsa passou um pouco as dimensões que a TAP pede no site, porém não reclamaram. A única exigência era que a bolsa precisava ser maleável e ela coube certinho embaixo do banco da frente.
Para despachar meus outros dois gatos, eu comprei uma caixa de transporte da Vari Kennel. Exagerei um pouco no tamanho comprando a grande, porque no fim a média daria tranquilamente para dois gatos de tamanhos normais de mais ou menos 5kg. Ainda assim, foi ótimo, porque também consegui colocar o Espirro dentro da caixa enquanto estava indo para o aeroporto – e também depois, já qui em Berlim, para pegar o metrô e chegar em casa. Mesmo com os três dentro, ainda sobrou espaço!
Na ida, quando saí de Berlim e fui até Belo Horizonte para busca-los, eu levei essa caixa desmontada despachada como bagagem mesmo.
Eles são gatos bem tranquilos. Eu não tive muito tempo hábil de fazer quase nenhuma adaptação com eles. Eu vim antes com meu marido e minha filha por causa de todo o processo do visto e eles ficaram no apartamento que eu morava por quase 3 meses. Minha sogra e meu cunhado iam 2 a 3 vezes por dia para cuidar deles e brincar, e tive sorte que todo mundo mora no mesmo prédio.
Algumas coisas sobre adaptação que eu consegui fazer mesmo com pouco tempo:
Não tive nenhum problema, o moço que me atendeu era super gente boa, foi bem prestativo e me ajudou com as dúvidas que ainda tinha.
Não. Eles só conferiram a documentação, preencheram os documentos e etiquetas e conferiram se eles tinham comida e água. No meu caso, eles só tinham comida, água eu não coloquei porque que eles poderiam ficar molhados na viagem. Como eu tinha colocado soro subcutâneo, como tem a sugestão no guia Viajar com Animais, eles estavam hidratados.
O Espirro, que estava na bolsa de transporte para viajar na cabine comigo, eles nem olharam.
Eu me senti bem segura com eles desde o início quando comecei a planejar a vinda deles. Sempre que ligava pedindo informações eles eram bem solícitos – e eu liguei muitas vezes! Hahaha
Na hora de despachá-los, fiquei com receio pois achei que eles iam pela esteira, mas me tranquilizaram falando que a própria pessoa que me atendesse no checkin levaria eles até o lugar onde eles colocam eles no bagageiro. Foi exatamente o que aconteceu e eu fiquei bem satisfeita.
Na hora do embarque foi bem tranquilo, exceto na hora de passar pelo raio-x que eu tive que tirar o Espirro de dentro da bolsa de transporte e passar com ele no colo só com a identificação, sem a guia.
Tadinho, ele miava tanto e eu agarrada nele, segurando pela coleira de identificação com medo de ele conseguir se soltar e escapar. Tirando o coraçãozinho dele que faltava sair pela boca, os miados super altos, minha blusa toda unhada e lotada de pelos, ele não tentou se soltar. A moça do raio-x depois me ajudou a colocar ele de volta na bolsa e eu pedi milhões de desculpas pelo o uniforme dela que ficou lotado de pelos.
Quando precisei passar de novo no raio-x em Lisboa foi mil vezes pior, já que eu precisei ficar segurando ele no colo em uma fila enorme. Em Lisboa você não passa junto com a sua mala, você precisa deixa-la em um lugar e entrar na fila. Ali foi mil vezes pior, porque ninguém tentava ajudar e foram super mal educados.
Quando embarquei, eu perguntei para a aeromoça que nos recepcionava que eu estava com um gato comigo, e que eu tinha mais dois despachados. Ela me tranquilizou dizendo que o comandante já estava ciente e que, caso eu tivesse qualquer problema, poderia pedir ajuda a qualquer aeromoça.
Nota da autora: essa é uma dica importantísisma que reforçamos muito no Viajar com Animais. Sempre pergunte sobre seu animal!
Durante o voo foi bem tranquilo, fiquei até impressionada porque achei que seria uma miação do início ao fim. No início eu percebi que ele ficava mais tranquilo em baixo do assento do que no meu colo, porque se eu mexesse ou falasse com ele a miação começava. Então deixei ele debaixo do assento da frente e coloquei um pano para que ele não me visse.
Dei muita sorte também que o cara que viajou do meu lado gostava de gatos e me ajudou varias vezes quando eu precisei ir ao banheiro ou quando o Espirro começava a miar. A ideia de colocar o pano na frente foi dele!
Tivemos poucas turbulências, mas a cada balançada do avião eu ficava com o coração na mão pensando no Spock e na Nina lá embaixo.
Duas vezes eu tentei levar meu gato no banheiro para que ele andasse um pouco ou comesse o sachê que eu tinha levado.
Na primeira, ele se apavorou tanto que tentou se enfiar debaixo da pia e eu passei bons minutos tentando tirar ele de lá. Não quis saber de comer. Assim que consegui tirar ele debaixo da pia, ele pulou para dentro da bolsa e não quis sair mais.
Na segunda vez, eu já estava no voo de Lisboa para Berlin e só abri a bolsa – mas ele não quis sair nem comer. hahaha
A hora do desembarque foi a única hora que fiquei decepcionado com a TAP.
Saindo da aeronave, eu perguntei para a aeromoça onde eu poderia encontrá-los, e ninguém da tripulação sabia me informar. Essa mesma aeromoça tentando me ajudar e me levou até uma funcionária do próprio aeroporto Tegel, em Berlim, que me informou que eles estariam em frente a um elevador. Eu não sabia o que fazer com essa informação.
Saí da aeronave e fui procurar o tal do elevador, procurei e não achei. Eu fiquei lá aguardando minha bagagem. Depois de uns 30 minutos aguardando minha mala, vi a caixa de transporte bem lá longe. Sai correndo igual uma louca, deixei tudo que estava no carrinho para trás e única coisa que levei foi o Espirro. hahaha
O bendito elevador parecia mais uma porta, não parecia nada com um elevador! Ou seja, pegaram eles e simplesmente deixaram lá! Um absurdo! Não teve conferência de nenhum documento, só peguei eles e fui embora. Quando peguei a caixa para colocar no carrinho, um moço veio até a mim e perguntou se os gatos eram meus. Eu falei que sim e ele simplesmente aceitou, sem conferir nada.
Ou seja, qualquer um poderia ter pego a caixa! Fiquei muito nervosa, mas estava tão exausta que nem quis ir reclamar só queria chegar em casa logo.
Nota da autora: aconteceu EXATAMENTE a mesma coisa comigo no Aeroporto de Berlim, o Tegel. Ninguém pediu meus documentos e eu também demorei um tempão até entender de onde eles viriam. Pelo menos não é tão comum alguém roubar animais no aeroporto 😛
Eles estavam super tranquilos, o Spock estava escondido debaixo da colcha que eu tinha colocado e a Nina estava super tranquila, olhando as pessoas passando em volta da caixa. A caixa estava em perfeito estado, tudo certinho 🙂
Indicaria sim. Se um dia precisar eu faria tudo de novo com eles. Mesmo com essa falta de informação no final do voo foi a única coisa que não perguntei dentre as trilhões de perguntas que tinha.
Eu gostei bastante da experiência de viajar com animais com a TAP. Nunca viajei com animais em outras companhias aéreas, então não tenho com o que comparar.
Obrigada, Jéssica!
As fotos do conteúdo do post são todas da entrevistada.
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E aí? Está considerando viajar com animais com a TAP? Tem experiências para contar? Conta aqui nos comentários!
Eu já peguei quase 20 voos com meus cachorros pelo mundo. Já fomos para a União Europeia, de volta para o Brasil, para a Ásia e para a América do Sul.
Com tudo que aprendi, criei um guia para ensinar tudo que sei pra você, que também está passando por esse processo pela primeira vez. Esse guia já ajudou mais de 1000 bichinhos a chegarem nos seus novos destinos – e é uma alegria ler cada relato! Lá eu dou exemplos reais dos documentos que você vai precisar, falo muito sobre a caixa de transporte, dou dicas de como deixo meus animais mais seguros nos voos e tudo, tudo, tudo que eu sei sobre esse processo de viajar com animais.
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